Os murmúrios
"Crianças críticas" e a parrhesia no teatro argentino contemporâneo
DOI:
https://doi.org/10.26489/rvs.v33i46.8Palavras-chave:
teatro, parrhesia, ditadura, infância, espectadorResumo
Examino neste trabalho o surgimento das chamadas "crianças críticas" no teatro argentino contemporânea, da peça de teatro Los murmullos (2002), de Luis Cano, com direção de Emilio García Wehbi. Eu uso o conceito, seguindo Daniel Mundo (2016), para me referir ao peças das gerações que nasceram durante ou após a era ditatorial ou que eles viveram a infância ou a adolescência na época e são caracterizados por desenvolver formas romance em um tipo de teatro que lida com o terrorismo de estado. A noção de parrhesia assume aqui um lugar chave, pois parece extensa e intensamente realizada em Los murmullos, tanto na dramaturgia como na encenação. Nesse sentido, este trabalho é constituído como exemplo paradigmático da postura estética e política da geração de "crianças críticas".