A dimensão do mito na conquista colonial
Os povos asteca e baulé
DOI:
https://doi.org/10.26489/rvs.v34i49.8Palavras-chave:
dimensão, mito, conquista colonial, asteca, bauléResumo
Nas conquistas coloniais, as crenças desempenharam papéis importantes. Às vezes, a expansão religiosa foi o motivo evocado. Alguns exemplos são a invasão islâmica da Península Ibérica e a missão evangelizadora da Espanha no Novo Mundo. Se esse papel das crenças religiosas nas conquistas coloniais é conhecido, não é o caso do lugar dos mitos religiosos na derrota dos povos conquistados. Este trabalho analisa essa dimensão das conquistas por meio de dois mitos: o de Quetzalcóatl entre os astecas no México e o do blôlô ou vida após a morte entre os Baulé na Costa do Marfim. O objetivo é propor, do ponto de vista dos astecas e dos baulé, uma leitura da derrota a partir da crença nesses mitos. Em outras palavras, trata-se de mostrar com que facilidade essas crenças possibilitaram a conquista dos respectivos povos.