Mudanças e continuidades nas relações de trabalho em tempos de retrofit
Los casos do Brasil e da Colômbia
DOI:
https://doi.org/10.26489/rvs.v36i52.1Palavras-chave:
relações de trabalho, Colômbia, Brasil, sindicalismoResumo
Este artigo analisa as mudanças nos sistemas de relações trabalhistas na Colômbia e no Brasil, que, por suas estruturas trabalhistas, herança de sistemas escravistas e profundas diferenças regionais, permitem analisar as contradições capital-trabalho no contexto de centros e centro-esquerda governos no século XXI. No caso do Brasil, após mais de uma década de avanços, a guinada à direita gerou sérios retrocessos nos direitos trabalhistas individuais e coletivos. No caso da Colômbia, embora com maior continuidade nas políticas neoliberais, o deslocamento para o centro deu um espaço democrático para a resolução de conflitos, que se encerrou com a eleição de um governo de extrema direita. Em um contexto de acirramento dos conflitos trabalhistas, a reinvenção dos sindicatos é fundamental para que não haja mais perdas de direitos trabalhistas e para pressionar por um novo ciclo de mudanças diante da possibilidade de uma nova virada política à esquerda no horizonte.